NOSSAS VIRTUDES INTERIORES
A paciência é uma virtude subordinada à fortaleza, e consiste na capacidade constante de suportar as adversidades. Também o é, a generosidade, que é aquela virtude que se caracteriza pela energia e decisão no ataque do homem de brio e de valentia, sobretudo quando êle enfrenta a morte. São ainda virtudes afins à fortaleza, a confiança na sua capacidade de enfrentar os riscos, a munificência, que constitui a pronta decisão de sacrificar seus próprios bens para atingir fins elevados, a tenacidade, que é a disposição firme de enfrentar os obstáculos exteriores, e a constância, que é saber manter-se firme ante os obstáculos interiores.
A terceira virtude cardial é a temperança. Esta consiste em aperfeiçoar, constantemente, a potência petitiva, sensitiva, de modo a conter o prazer sensitivo dentro dos limites estabelecidos da sã razão. Assim, a moderação é a temperança no comer, a sobriedade, no beber, a castidade, no prazer sexual.
Há virtudes outras auxiliares da temperança, como seja o decôro no modo de vestir e proceder, e o sentimento de honra, a humildade, que é a moderação na tendência a salientar-se, a mansidão, que é a temperança em refrear a ira, a clemência, que se manifesta na indulgência ao castigar, e a modéstia, que é a temperança nas manifestações exteriores.
A quarta é a justiça. Consiste ela na atribuição, na equidade, no considerar e respeitar o direito e o valor que são devidos a alguém ou a alguma coisa.
O domínio da justiça permite o equilíbrio da moderação, da temperança, da fortaleza e da própria prudência. Essas quatro virtudes cardiais, que lhes são acessórias, ou subordinadas, nos limites marcados pela interactuação de umas sôbre as outras, permitem formar o homem dentro dos mais altos valôres. São assim as virtudes cardiais fundamentais, não só para a ordem social, como para a pessoal, pois não pode haver homens sãos nem sociedades sãs, onde a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança não estejam presentes. Todo trabalho pedagógico tem de se fundamentar, primacialmente, na preparação de seres humanos para que adquiram, pelos meios mais aptos e eficientes, estas quatro virtudes, infelizmente tão pouco estudadas pelos modernos, que as esquecem e não lhes dão o valor que elas realmente têm.
Distinguem-se as virtudes cardiais das virtudes teologais, no seguinte: as primeiras são adquiridas e fortalecidas pelo hábito; as segundas, ou nascemos com elas ou não, porque nem a fé, nem a esperança, nem a caridade as obtemos pelo exercício dos hábitos, mas, ou elas moram em nós mesmos, ou não moram."
Virtudes morais anexas à Temperança
A abstinência, a sobriedade e a castidade
Três virtudes anexas à Temperança equilibram os prazeres sensíveis:
abstinência equilibra o uso do comer e do beber,
sobriedade equilibra o uso da bebida alcoólica,
castidade equilibra a capacidade que o homem tem de se reproduzir.
sobriedade equilibra o uso da bebida alcoólica,
castidade equilibra a capacidade que o homem tem de se reproduzir.
Pela virtude da abstinência, aprendemos a seguir a reta razão no que toca à comida. Comemos moderadamente, evitamos comer fora de hora, aprendemos a sempre oferecer algum sacrifício, por menor que seja, quando estamos à mesa. A gula é o pecado capital contrário à virtude da abstinência.
O jejum que praticamos nos dias estabelecidos pela Igreja é uma excelente prática da virtude de abstinência. Leia mais sobre o jejun.
A virtude da sobriedade nos ajuda a nunca abusar das bebidas que podem nos fazer perder o controle sobre nossas ações. É de extrema importância esta virtude, pois a bebida nos leva a cometer muitos outros pecados. Beber a ponto de ficar alterado é um pecado mortal. O bêbado torna-se inferior aos animais, pois estes nunca fogem da regra que o instinto lhes impõe.
A castidade é uma perfeição da nossa alma pela qual conseguimos viver segundo a pureza do nosso estado de vida, da nossa condição. Como sabemos que o homem só pode se unir à uma mulher se receber o sacramento do Matrimônio, a virtude da castidade nos obriga a fugir de tudo aquilo que poderia nos levar aos atos reservados às pessoas casadas. O que são estas coisas? As más companhias, as conversas imorais, as roupas indecentes, os namoros precoces e ousados, os filmes, revistas, novelas etc. que ensinam e mostram a impureza etc. Devemos ter um grande amor pela pureza e nunca violá-la. O corpo é o templo de Deus, que só será entregue a uma união se ela for abençoada por Deus no seu santo sacramento.
A virtude da castidade, para algumas pessoas, é coroada com uma nova virtude, ainda mais elevada do que ela - a Virgindade. A virtude da virgindade consiste em oferecer a Deus a pureza do seu corpo, renunciando por meio de um voto, ou seja, de uma consagração, à união matrimonial. As pessoas que consagram sua virgindade a Deus, alcançam a mais profunda liberdade : ficam livres para se dedicar ao amor de Deus e de Sua Igreja. São os padres, monges e freiras.
O vício oposto à castidade é a luxúria. A luxúria nos leva a cometer os pecados contra a castidade (6º e 9º mandamentos). Como nós somos particularmente atraídos por esses pecados, devemos reagir também com convicção forte, muitas orações e penitências, sabendo que é sempre possível vencer as tentações, quando lutamos e pedimos as graças de Deus.
FONTES:http://www.capela.org.br/Catecismo/anexas.htm
https://www.valinor.com.br/16303
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